quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fotos da Mesa Redonda “Currículo, Didática e Formação de Professores”

Abertura do Debate “Currículo, Didática e Formação de Professores”

                                                           Maria Rita Sales Oliveira (UFMG)


Vera Candau - Dica Bibliográfica

Marcelo Andrade

Abertura para as perguntas


      Cristina , Rosália e Rita (ex-aluna)

Autógrafos com Vera Candau



Carga Nobre

Autógrafos com Maria Rita





                                                                  Ana Waleska Mendonça
Menga Lüdke



quarta-feira, 26 de junho de 2013

CONVITE



O Programa de Pós-Graduação em Educação tem o prazer de convidar para a mesa redonda “Currículo, Didática e Formação de Professores”, com participação de Maria Rita Sales Oliveira (UFMG) e Vera Maria Candau (PUC-Rio), a ser realizado no dia 01/07, 2ª feira, às 13h, no Salão da Pastoral, PUC-Rio.

Após o debate acontecerá o lançamento do livro “Currículo, Didática e Formação de Professores” (Editora Papirus), organizado pela Profª Maria Rita Oliveira (UFMG) e Profº José Pacheco (Universidade do Minho), com textos de Antônio Flávio Moreira (UCP), Vera Maria Candau (PUC-Rio), Marli André (PUC-SP), José Carlos Libâneo (UCG), Carlinda Leite (Universidade do Porto), Gisele Barreto da Cruz (UFRJ) e Isabel Viana (Universidade Minho).










quarta-feira, 19 de junho de 2013

Aula Inaugural da Graduação 2013



A AULA INAUGURAL do Curso de Pedagogia do Departamento de Educação contou com a palestra da Professora Titular do Departamento, Profª Vera Candau com o tema “Didática: desafios da contemporaneidade”. Segue abaixo o link para acessar os slides da apresentação:

quarta-feira, 17 de abril de 2013

CONVITE - AULA INAUGURAL

CONVITE - AULA INAUGURAL


A Coordenação do Curso de Pedagogia do Departamento de Educação tem o prazer de convidar alunos e professores para nossa AULA INAUGURAL, a se realizar no dia 29 de abril, das 9h às 12h no Auditório Padre Anchieta. Nossa convidada é a Professora Titular do Departamento, Profª Vera Candau e seu tema será

“Didática: desafios da contemporaneidade”.

A Profª Vera Candau possui graduação em Pedagogia pela PUC-Rio e Doutorado e Pós-doutorado em Educação pela Universidad Complutense de Madrid. Realizou também estudos no nível de pós-graduação na Universidade Católica de Louvain (Bélgica). Assessora experiências e projetos sócio-educativos no país e no âmbito internacional, particularmente em países latino-americanos. Tem ampla experiência de ensino desde o escola básica aos cursos de licenciatura, mestrado e doutorado. É coordenadora do Grupo de Pesquisas sobre Cotidiano, Educação e Cultura(s) - Gecec - através do qual tem desenvolvido sistematicamente pesquisas sobre as relações entre educação e cultura(s). Suas principais áreas de atuação são: educação multi/intercultural, cotidiano escolar, didática, educação em direitos humanos e formação de educadores/as.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Meio século atrás: Freire no Nordeste rural e uma incipiente alfabetização de adultos.





Hoje nas comunidades do Grande Rio: os educadores comunitários e a luta pela consolidação de um alfabetismo no século XXI.


1ª turma do método Paulo Freire se emociona ao lembrar das aulas.


Fernanda Zauli - G1 Globo.com - 03/04/2013 - São Paulo, SP


Paulo Alves de Souza, 70 anos, Maria Eneide de Araujo Melo, 56, e Idália Marrocos da Silva, 83. Três personagens de uma história que teve como cenário a pequena cidade de Angicos, localizada na região central do Rio Grande do Norte, a 170 km de Natal, e que completa 50 anos neste mês de abril. Os três fizeram parte da experiência de alfabetização de adultos, conhecida como as 40 Horas de Angicos, na qual foram alfabetizados cerca de 300 angicanos, em 1963, sob a supervisão do educador Paulo Freire.


A experiência, inédita no Brasil, tinha uma meta ousada: alfabetizar adultos em 40 horas. Mas não era só isso. De acordo com o professor doutor Éder Jofre, Paulo Freire pretendia despertar o ser político que deve ser sujeito de direito. `A palavra `tijolo` fez parte do universo vocabular trabalhado em Angicos. Era uma palavra que fazia parte do cotidiano dessas pessoas. Mas não era só ensinar a escrever tijolo, tinha também a questão social e política. Era questionado: você trabalha na construção de casas, mas você tem uma casa própria? Por que não tem? Levava o cidadão a pensar nessas questões`, explica Éder Jofre, que é doutor no método Paulo Freire.


Paulo Souza lembra que naquela época, quando tinha 20 anos, já não tinha esperanças de aprender a ler, até que chegou na cidade a notícia do curso de alfabetização de adultos. `Eu não pensei duas vezes. Fui na hora.` Ele conta que trabalhava o dia todo e seguia para as aulas que aconteciam em uma casa no centro da cidade. `Naquela época aqui era só mato. Depois do trabalho a gente seguia para a aula com o caderninho debaixo do braço. Aquilo mudou a minha vida, porque quando a gente não sabe ler a gente não participa de nada, a gente não é ninguém`, diz, emocionado.


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Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório.


O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.


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O método Paulo Freire foi desenvolvido no início dos anos 1960 no Nordeste, onde havia um grande número de trabalhadores rurais analfabetos e sem acesso à escola, formando um grande contingente de excluídos da participação social. Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi preso e exilado, e seu trabalho interrompido.


“Já naquela época Paulo Freire defendia um conceito de alfabetização para além da decodificação dos códigos linguísticos, ou seja, não basta apenas saber ler e escrever, mas fazer uso social e político desse conhecimento na vida cotidiana”, explica Sonia, que é licenciada em Letras e Pedagogia, com mestrado e doutorado pela Faculdade de Educação da USP.


Desde seus primeiros escritos, Paulo Freire considerou a escola muito mais do que as quatro paredes da sala de aula. Apesar de aplicado entre jovens e adultos, o método também pode ajudar na alfabetização e letramento de crianças.


O método Paulo Freire é dividido em três etapas. Na etapa de Investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. E no final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.


Nascido no Recife, Freire ganhou 41 títulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. Ele morreu em maio de 1997, e no ano passado foi declarado patrono da educação brasileira. “O legado que ele nos deixa, entre tantas contribuições, é de esperança”, destaca a coordenadora. “Um legado de entender a educação como espaço de transformação social, que nos ajuda não só a ler a história, mas sermos também escritores da história.”